sábado, 12 de dezembro de 2009

Crise ambiental

Isabelle Azevedo
12 Dez 2009 - 01h27min
Fonte: http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/936575.html

Nos últimos anos, a resposta dos líderes mundiais frente à crise ambiental planetária assemelhava-se à metáfora da história do Titanic: à medida que o navio afundava, mostrava seus passageiros impávidos e despreocupados jogando no convés, sem perceber que o navio seria destruído rapidamente. Contudo, a 15° Conferência das Partes do Clima da ONU (COP-15), iniciada no último dia 7 de dezembro em Copenhague, na Dinamarca, apresenta-se como uma chance para que o final da história da humanidade não se assemelhe ao navio, permitindo que haja a sobrevivência de toda a comunidade de vida. Está nas mãos das lideranças mundiais firmar um acordo climático justo e ambicioso.

A mudança ambiental global já é uma realidade e pode ser verificada nos eventos climáticos extremos, registrados nos últimos anos. As crianças e os jovens (entre 15 e 29 anos) são os que mais sofrerão com essas mudanças. É fácil explicar: no cenário apresentado pelos cientistas do Painel Intercontinental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) para 2050, na qual as temperaturas do planeta estarão em torno de 4°C se nenhuma medida urgente for tomada para reduzir a emissão de gases, o planeta herdado pelas futuras gerações será muito diferente do de hoje. Poderá haver uma acentuada luta pela sobrevivência. Os recursos estarão mais escassos, principalmente a água que será também de baixa qualidade. Segundo o relatório britânico de 2008, feito pela International Institute for Environmental and Development (IIED), jovens e crianças serão mais vulneráveis a doenças transmitidas pela água e pelo ar, por exemplo.

A juventude tem um papel fundamental para superar a crise ambiental. É necessário que os jovens se insiram nas mobilizações para exigir dos governos políticas públicas que possam amenizar os impactos ambientais que deverão atingir os jovens, reconhecendo que a geração que virá poderá apresentar necessidades especiais para sobreviver. O Programa de Juventude e Meio Ambiente & que está sendo constituído a passos lentos pelo grupo de trabalho da Secretaria de Juventude e pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente & precisa ser efetivado enquanto política pública, já prevendo em seu texto-base medidas que incentivem o enfrentamento às mudanças ambientais globais.

A urgência da mudança depende também de atos individuais. A juventude precisa romper com o modelo energético existente, com o modelo predatório com que os recursos são explorados e consumidos, instituindo uma verdadeira mudança paradigmática, ao incluir a sustentabilidade ambiental no centro das discussões políticas e sociais. Não dá mais para deixar enganar-se pelos produtos que tornam belos e eternizam como mostram as propagandas. É preciso pensar na quantidade de água e energia consumidas, no trabalhador que fabricou o produto e no resíduo a ser gerado. A complexidade ambiental precisa ser levada em conta para superar este sistema econômico. A hora da mudança é agora.


ISABELLE AZEVEDO
Jornalista e Coordenadora do projeto Escola de Formação da Juventude, da Associação Alternativa Terrazul

2 comentários:

João Dionízio disse...

AÊ ARRASOU

MUDA (Movimento Umarizalense em Defesa Ambiental) disse...

Olá garotada, me chamo Daniel tenho 29 anos, sou do interior do Rio Grande do Norte, sou CJ do estado, estudante do curso de Gestão Ambiental pelo IFRN. Em minhas andarolas pela internet encontrei o blog de voce, do qual achei super interessante e gostria de socailizar e aumentar esta rede que tanto bem faz ao meio ambiente. Espero manter contato com voces, abaixo segue meu email, o site do meu blog e meu celular(tim). Fiquem a vontade para entrar em contato. Abraços a todos

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